domingo, 11 de janeiro de 2009

Olhos vendados

O quanto chorei, já nem sei,
Perdi as contas de quantas noites abracei meu travesseiro a te imaginar
Perdi a noção do fruto de um amor belo que achei viver
Afogo-me diariamente em minhas lágrimas
O que me resta é um pedaço de chão em meu quarto
Esse que uso pra sentar-me e escrever essas poucas palavras.

Os dias já não passam como de costume
E é porque dizem que o tempo tem poder de curar tudo
Mas desde que tudo aconteceu, desde que descobri esse amor
Parece-me que esse tal tempo congelou

Junto com ele um coração foi congelado também
Uma alma esfriou, nada mais é como devia ser
Olhos teus olhos e o que vejo é um intenso vazio
Do qual eu não fiz, do qual você procurou
Do qual você se enfiou e parece não querer minha ajuda pra sair

Pouco posso fazer agora,
Arrepio-me com uma música
Marejo os olhos com ceninhas de novelas
Meu rosto demonstra cada minuto que passo longe de ti

O que fazer exatamente eu nem sei mais
È como viajar pra dentro de mim mesmo
Pra tentar não enxergar o que agora você se tornou
Em que se diz ser
É como se eu soubesse que ainda existe amor
Mas só eu vejo isso.
Pois você vendou seus olhos!


Ulisses Freire
11/01/2009

2 comentários:

Unknown disse...

eita... a imagem é um tanto...
sei lá... o blog é acessado por
menores de 18 anos? rsrsrs
Quanto ao texto, muito bom!
me faz lembrar o que nao passou!!!

Dani L. disse...

Condordo com tudo dito acima, e mais: NÃO VENDE OS SEUS OLHOS!!! VOCÊ VERÁ O QUANTO VALHE ESSE AMOR!

Beijos bb.