sábado, 24 de janeiro de 2009

Amor ou Euforia

Certa vez escutei uma bela canção que dizia que
“por amor ou euforia tudo de novo eu faria
Por amor ou euforia eu faria tudo de novo.”
Surpresa nenhuma, se não fosse a retrospectiva em segundos
De uma vida regada de pessoas que tentei proteger e com elas ser protegido.

Mas seria a mesma situação?
O amor e a euforia estariam na mesma pessoa?
Ou amor em uma euforia em outra?
Isso agora me perturba, por não ter essa resposta
Eu não sei ao menos chegar a ela

De outra vez escutei de alguém especial
Que sua analise registrou que eu só amei uma única vez
E que o depois disso tudo foi pura euforia.
Disse que a forma como falo a como sinto deixa totalmente explicito isso.

Pouco entendi, fiz questão de não discutir
Até que parei para pensar no assunto
O que percebi é que isso pode ocorrer com todo mundo
De formas e intensidades diferente, mas pode.

Não me recordo em que ponto a euforia se torna amor
Muito menos sei se quando o amor vira eufórico
Acredito ter faltado essas aulas
O que sei é que apenas sinto cada instante
E pra que querer saber tudo isso,
Se um dia da vida, seja por amor ou por euforia
Sempre vou pensar em querer fazer tudo de novo.


Ulisses Freire24/01/2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Temos asas

Certa vez descobri que eu tinha asas
E com elas podia rumar pra onde bem quisesse
E foi como agi, sai do meu ninho e levantei voou.
Fui buscar algo que não sabia como, não sabia onde, nem e quem encontrar.
E daí observei que não era apenas eu que tinha esse dom especial
Que na verdade nem era um dom.

Não passava de mais uma característica humana
Todos tínhamos asas, unas belas e enormes, outras pequenas e mal cuidadas
Algumas com ar de vida própria, outras podadas sem força pra vôo.
Vi que uns estava no céu, como eu,
Enquanto outros não fazia a mínima questão de estar no ar.
E se sentiam bem, ou pelo menos aparentava se sentir bem com isso.

Certas vezes, conheci outras pessoas,
Que gostavam de ter a sensação de estar livre
Como eu,
Me acompanharam por um tempo
E eu acompanhei em outros tempos.
Mas como pra todos, a gente sente-se cansado e aterrissamos
Aterrissamos numa realidade desacostumada.
Não viciosa, estranha a olhos que sempre estavam voando.

Como tempo descobre coisas, que não se acreditava
Existe amor, existe cumplicidade, existe alguém que pode ficar do seu lado
A convivência fez com que eu me esquecesse que carregava asas comigo
Não pretendia voar, não imaginava estar lá novamente se estava tão bem aqui
Me sentia vivo mesmo sem voar, isso não incomodava.

Mas esqueci das minhas e de suas asas
E um via você partiu no meio do vento.
Se foi, e eu fiquei, você soltou minha mão e se foi
Nada pude fazer, a não ser tomar decisões
Ficar ou voar, partir e esquecer ou nada disso

É tão complicado fazer tudo isso sozinho de novo
Quando se esta acostumado a uma vida tranqüila
Então decidi ficar aqui, mas não me trancar numa gaiola
Quem sabe um dia outro alguém venha e me faça voar novamente
Ou por estar coma porta aberta, você possa voar de volta pra mim.

Ulisses Freire
16/01/2009

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Datas e dores - Perguntas sem Respostas

Hoje estou me sentindo vazio
E só não tão vazio por que tenho dores a me acompanhar
Não é tão fácil suportar dores
Na verdade, dores que já doeram tanto
Que na realidade nem sei se ainda existem mais
Se as fantasio, ou se as cicatrizo também em minha mente.

Elas teimam em ire vir,
Vão quando quero, mas como são dores
Voltam quando menos espero
E é ai que tudo complica.
Meu coração aperta minha cabeça se fecha
Meus pensamentos param seu trafego
Tudo dentro de mim vira um caus.

Por ser uma boa data?
Por ser uma data dolorosa?
Ou por não ser absolutamente mais nada
A não ser apenas mais uma data?

Não queria fingir que é um dia normal
Não sou tão insensível a esse ponto
Também não consigo apagar tão fácil o que vive em mim
E é na tentativa de fingir um dia normal
Que as dores mais uma vez me invade

Então me ponho a ler tuas cartas
Aquelas que diziam ter achado em mim a felicidade
Escuto nossa música
“mas quando toca o telefone será você, o que tiver fazendo paro de fazer”
E onde esta tudo isso agora?

Eu não sei mais, não tenho resposta certa pra isso
Talvez outra pessoa em tua vida saiba dizer
Talvez você perceba que eu te amo
Talvez eu nem exista mais
Eu não sei mais,
Até porque não nunca me perdi de você
Foi você que soltou minha mão.

Ulisses Freire
14/01/2009

Ofereço esse texto a alguém que merecendo ou não, querendo ou não, é QUEM EU AMO, hoje seria uma data especial se assim quisesse, como quis.
Mas...
Não preciso dizer mais nada neh, disse muito nesse texto e em tantos outros, disse tanto em teu ouvido, e na tua cara...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Iceberg

Penso, penso, penso.
Então faço coisas sem pensar
Falo tanto, e as vezes me calo
Vivo a vida pelo avesso,
Busco meus erros e não encontro
Deparo-me com o que não quero mais

Descubro-me num ninho de cobras
Num mundo onde ninguém quer saber de ninguém
Você resolve soltar minha mão nesse instante
Instante que eu mais precisava te ter por perto
Se desprende e vai,pra onde já nem sei,
Viaja, corre, joga, rir...
Tudo do qual eu não me encontro mais


Quem sabe um dia você precise chorar
Estarei aqui, pelo menos pra isso.
Pois não sei mais o quanto estarei
E não falo de novo sobre tempo
Falo de sentimento.

Algo me fez perceber que determinadas coisas doem
Sufocam
Mas não existe um grande iceberg
Que não seja quebrado com pequenas marteladas.
Talvez não tenha rachado o seu
Mas o meu esta derretendo
E não é o seu fogo por mim
Pois esse esta se apagando.

Ulisses Freire
13/11/2009

domingo, 11 de janeiro de 2009

Olhos vendados

O quanto chorei, já nem sei,
Perdi as contas de quantas noites abracei meu travesseiro a te imaginar
Perdi a noção do fruto de um amor belo que achei viver
Afogo-me diariamente em minhas lágrimas
O que me resta é um pedaço de chão em meu quarto
Esse que uso pra sentar-me e escrever essas poucas palavras.

Os dias já não passam como de costume
E é porque dizem que o tempo tem poder de curar tudo
Mas desde que tudo aconteceu, desde que descobri esse amor
Parece-me que esse tal tempo congelou

Junto com ele um coração foi congelado também
Uma alma esfriou, nada mais é como devia ser
Olhos teus olhos e o que vejo é um intenso vazio
Do qual eu não fiz, do qual você procurou
Do qual você se enfiou e parece não querer minha ajuda pra sair

Pouco posso fazer agora,
Arrepio-me com uma música
Marejo os olhos com ceninhas de novelas
Meu rosto demonstra cada minuto que passo longe de ti

O que fazer exatamente eu nem sei mais
È como viajar pra dentro de mim mesmo
Pra tentar não enxergar o que agora você se tornou
Em que se diz ser
É como se eu soubesse que ainda existe amor
Mas só eu vejo isso.
Pois você vendou seus olhos!


Ulisses Freire
11/01/2009

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Meu relógio, minha escolha

E quando parar? O que fazer?
Mesmo que continue, ou que não sua força acabe.
Nossa vida, um relógio, ele sempre em funcionamento,
Ele trava, estaciona, quebra
Mas o tempo não para, não dá pra trás.

Não se pode voltar para corrigir erros,
É preciso continuar,
Fazer com que aqueles erros sejam supridos por momentos fortes,
Desses que dão real motivação para se erguer a cabeça
Juntar os caquinhos do coração e reformá-lo.

Existem formas e formas de se fazer,
Seja verdadeiro com você mesmo
Admita que ama, que quer, e que não tem medo de disso
Seja verdadeiro com quem ama, é o que mais importa
Passe a mostrar tudo que já errou não falhando mais...
Não errando mais.
E nunca diga que não errará de novo
Ninguém conhece o futuro, e você poderá cair novamente.

O problema se dá quando o nosso relógio para,
Ou o fazemos parar
Quando procuramos algo pra que ele não corra mais.
Estacionamos no tempo e ficamos esperando que o mundo resolva pra nós
Sem coragem de enfrentar a realidade crua de uma vida de conquistas.
É como se lá fora tudo fosse grande demais pra quem ta dentro.
Mas nunca vai se descobrir se não viver e enfrentar

Afinal de contas o tempo é o único remédio
Próprio para tratar determinados sentimentos
Curar dores e aliviar o coração
O tempo pode ser um ótimo aliado para relações
Como pode ser um perfeito vilão que leva ao desgaste
Mas ele depende de nós pra funcionar
Ou o paramos ou o deixamos correr
Cada um faz a sua escolha

05/01/2009
Ulisses Freire

EU FIZ A MINHA!!!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Querer, nem sempre é tudo

Pele, é desejo, é vontade.
Mas a pele não é nada sem o sentimento
Sentimento é o que importa, é o que deixa uma pessoa viva.
Queria tanto me sentir assim, vivo de novo.
Queria chegar aqui e escrever algo forte, algo que prendê-se aqui um que se atrevesse a ler.
Queria voar, e ter os braços de alguém para voltar.
Queria o mundo...
Querer...
Nem sempre é tudo

Sentimento transborda minha alma
Sai por meus poros, corre nas minhas veias,
Trava na minha garganta e sai com um grito intenso

Dizer que ama, nem sempre é tão forte, quanto provar,
Qualquer um diz “Eu te amo”, mas mostrar, é um pouco mais que isso
Acredito que amar, é esta disposto a encarar, viver, mergulhar,
E não molhar a ponta do pé.
Você pode acreditar que ama, e quiser,
Mas você não pode amar enquanto persistir no medo
É preciso mais que tudo isso
É preciso querer.
Querer
Nem sempre é tudo

03/01/2009
Ulisses Freire