"Era uma vez, mas eu me lembro como se fosse agora, eu queria ser trapezista. Minha paixão era o trapézio, me atirar lá do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase, cinema, parque de diversão, de circo, ciganos, aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo, do que não ficava para sempre. Era outra vez, outro circo, ciganos e patinadores. O circo chegou a cidade era uma tarde de sonhos e eu corri até lá. Os artistas, eles se preparavam nos bastidores para começar o espetáculo, e eu entrei no meio deles e falei que eu queria ser trapezista. Veio falar comigo uma moça do circo que era a domadora, era uma moça bonita, forte, era uma moçona mesmo. Ela me olhou, riu um pouco, disse que era muito difícil, mas que nada era impossível. Depois veio o palhaço Poli, veio o Topz, veio o Diverlangue que parecia um príncipe, o dono do circo, as crianças, o público. De repente apareceu uma luz lá no alto e todo mundo ficou olhando. A lona do circo tinha sumido e o que eu via era a estrela Dalva no céu aberto. Quando eu cansei de ficar olhando para o alto e fui olhar para as pessoas, só aí, eu vi que eu estava sozinha".quarta-feira, 8 de junho de 2011
A trapezista do Circo
"Era uma vez, mas eu me lembro como se fosse agora, eu queria ser trapezista. Minha paixão era o trapézio, me atirar lá do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase, cinema, parque de diversão, de circo, ciganos, aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo, do que não ficava para sempre. Era outra vez, outro circo, ciganos e patinadores. O circo chegou a cidade era uma tarde de sonhos e eu corri até lá. Os artistas, eles se preparavam nos bastidores para começar o espetáculo, e eu entrei no meio deles e falei que eu queria ser trapezista. Veio falar comigo uma moça do circo que era a domadora, era uma moça bonita, forte, era uma moçona mesmo. Ela me olhou, riu um pouco, disse que era muito difícil, mas que nada era impossível. Depois veio o palhaço Poli, veio o Topz, veio o Diverlangue que parecia um príncipe, o dono do circo, as crianças, o público. De repente apareceu uma luz lá no alto e todo mundo ficou olhando. A lona do circo tinha sumido e o que eu via era a estrela Dalva no céu aberto. Quando eu cansei de ficar olhando para o alto e fui olhar para as pessoas, só aí, eu vi que eu estava sozinha".quarta-feira, 1 de junho de 2011
Pensamentos Mortos

Nem tudo está ao meu alcance
Nem tudo minhas mão podem tocar
Apesar de todos os meus desejos e vontades,
O universo não é nada comparado ao que penso em te dar.
Não é fácil como dizem, nem tão complicado quanto parece,
É uma simples forma louca de querer ou
A louca simplicidade de desejar
E o que há de errado nisso?
Não sei exatamente onde está esse erro,
Sei que tem, aqui e ali,
Escondido atrás da primeira pequena pedra
Em cima do primeiro grande prédio.
Não diria que são impercílios, mas sim, virgulas.
Não é conspiração contra, mas pouco se está a favor
Não é toque de mão, tão pouco é distancia de pensamento
Não é falta de vontade de ter, querer, viver
No entanto, também não é coragem de se impor
O universo que não se compara ao que quero te dar
E apenas uma pequena partícula de tudo que há dentro de meus pensamento
Pensamentos esses, que criam vida, crescem, abre asas voam
Pensamentos esses que eu, os sufoco, derrubo-os, e mato-os
Ulisses Freire
01/06/2011